28 de Março de 2017
 
 
 
 
 
 
 

segunda-feira, 27 de março de 2017

Parreirita Cigano: "Não quero ser só mais um!"

 
 
"Os meus objectivos e os meus sonhos são os de todos os toureiros: poder um
dia chegar a ser Figura do toureio, conseguir deixar história, não ser só mais um"
Com Joaquín Moreno, Rui Bento e Miguel Alvarenga, quando recentemente
recebeu no Campo Pequeno, das mãos do presidente da Câmara do Cartaxo,
o Troféu "Farpas"/"Volapié" que o distingiu como cavaleiro-revelação da última
temporada na primeira praça de toiros de Portugal
Na arena do Campo Pequeno, onde em Junho receberá a alternativa, com o seu
apoderado João Duarte e o presidente da Câmara do Cartaxo, Pedro Ribeiro
Com seu pai, o matador de toiros Parreirita Cigano e seu mestre, Manuel Jorge
de Oliveira, que dia 29 de Junho lhe concederá a alternativa no Campo Pequeno
na temporada em que assinala os 40 anos da sua. Em baixo, o jovem cavaleiro
num ferro arrepiante, daqueles que fazem o público levantar-se na bancada


O verdadeiro nome dele é Carlos Conceição, mas anuncia-se nas arenas com o mesmo nome artístico que tornou famoso seu pai, matador de toiros, sobretudo nos tempos de novilheiro (anos 70 e 80) em que formou triunfal parelha com António de Portugal: Parreirita Cigano. Com 29 anos de idade e uma trajectória rápida e sempre ascendente, na noite do próximo dia 29 de Junho, na praça do Campo Pequeno, vai passar a ser o primeiro toureiro de etnia cigana a tornar-se cavaleiro de alternativa. O feito é histórico, mas o jovem Carlos, com cara de menino traquinas, mas o sentido da responsabilidade de um homem feito, prefere pensar no peso que essa noite vai ter na sua vida e na sua carreira. “Treino e trabalho todos os dias, de manhã à noite, para que a corrida da minha alternativa seja um êxito, é nesse objectivo que estou concentrado e na minha ansiedade de que tudo corra bem e não defraude todos aqueles que apostaram em mim”, afirma com um sorriso. Estreará uma casaca verde garrafa bordada a prata, que o verde é a côr da esperança e é também a côr de que gostava o Filipe Oliveira, irmão do seu mestre Manuel Jorge de Oliveira, que morreu no ano passado e lhe deixou “um vazio irreparével e  impossível de preencher”. Carlos é de uma simplicidade, humildade e educação extremas. Quando se refere a qualquer cavaleiro antigo, tem a preocupação de o tratar por Senhor. “É uma questão de respeito, os meus pais ensinaram-me assim e na Tauromaquia é preciso que continue a existir respeito pelos mais velhos”, defende. Vamos “ouvi-lo” - que vale a pena.

Entrevista de Miguel Alvarenga

- Sendo filho de um matador de toiros, não é anormal o facto de te teres tornado cavaleiro?
- Acho que não. Admiro o meu pai e a sua carreira, gosto do toureio a pé, mas sempre tive uma maior queda para o toureio a cavalo.
- Tens mais irmãos, mas foste o único a seguir a vida das arenas…
- Somos seis irmãos, três raparigas e três rapazes. Todos aficionados, mas cada qual tem a sua vida e só eu quis ser toureiro. O meu irmão mais novo é equitador, está na Casa de Sabino Duarte e é um craque com os cavalos. O mais velho foi militar e é um grande técnico de informática, é ele que me ajuda na parte promocional, em tudo o que tem a ver com design, computadores, internet, etc. É quem me está a decorar a camioneta dos cavalos e quem me vai também dar uma mão nos bordados da casaca da alternativa…
- … que é verde garrafa, bordada a prata, não é verdade?
- Sim. Gosto muito do verde e o bordado a prata, e não a ouro, dá-lhe um toque distinto. Além disso, era a côr preferida do meu querido amigo Filipe, irmão do meu mestre Manuel Jorge de Oliveira, que perdemos há um ano e com isto quero-lhe também prestar homenagem. Ajudou-me muito, apoiou-me imenso e tenho a maior pena que não possa estar a meu lado na noite da alternativa. Deixou-me um enorme vazio, foi uma perda irreparável. Mas a vida é assim…
- Quando te entregámos o Troféu “Farpas”/“Volapié” como grande revelação da última temporada no Campo Pequeno, Manuel Andrade Guerra, no discurso com que se referiu a ti e à tua trajectória, assim como o presidente da Câmara tua terra (Cartaxo), Pedro Ribeiro, foram unânimes em referir que pelo menos numa coisa marcas a diferença, levantas o público das bancadas com os teus ferros de alto risco, concordas?
- É esse o toureio que eu sinto e o toureiro que gosto de praticar. A arte tauromáquica é de perigo e de risco, o público tem que se assustar na bancada!
- No início houve quem dissesse que esses teus ferros de frente, quase “ferros à Batista”, daqueles que param corações, eram fruto de alguma inconsciência e que um dia ainda havia alguma desgraça…
- Não, inconsciência não. Fiz sempre tudo com muita consciência e hoje ainda o faço mais, hoje ainda tenho melhores e mais preparados cavalos para praticar esse toureio de risco e de perigo. A verdade do toureio está aí, nessas sortes frontais a vencer o píton contrário. Tenho consciência do perigo dos terrenos que piso e onde arrisco. Já caí algumas vezes, mas isso são ossos do ofício.
- Achas que hoje já há poucos a tourear com esse risco e essa verdade?
- O toureio evoluiu e hoje fazem-se coisas aos toiros que, segundo aprendi e vi em filmes e fotografias, não se faziam antigamente. Mas este é o toureio que eu sinto, outros podem senti-lo de uma outra maneira… Mas em todas as formas de tourear, quer queiram, quer não queiram, há risco e há perigo, não digam que não há.
- Tens medo da morte?
- Não. Tenho mais medo de poder defraudar o público e defraudar todas as pessoas que apostaram e estão a apostar em mim. Tenho mais medo de não estar bem, de que as coisas não corram como quero e idealizo. Da morte, não. Todos temos um dia que morrer, não é?…
- Gostas do cartel da tua alternativa?
- Muito! Somos seis cavaleiros com estilos diferentes, estilos para todos os gostos e por isso acredito que vai ser uma noite interessante para o público. Tenho uma grande honra em poder tourear ao lado do meu mestre, o Senhor Manuel Jorge de Oliveira, nunca pensei que um dia toureasse com ele e que fosse ele a dar-me a alternativa. Foi ele que me ensinou tudo. O toureio a cavalo tem que começar primeiro que tudo pelas bases da equitação e foi com o Senhor Manuel Jorge que aprendi tudo o que sei. É graças a ele que estou a aqui e que no dia 29 de Junho vou concretizar o meu sonho, tomar a alternativa. Depois tenho também uma honra enorme de poder ter nessa noite a meu lado o Senhor Rui Salvador, um cavaleiro que muito admiro e que muito me tem ajudado e apoiado. Desde que morreu o meu amigo Filipe Oliveira, que era quem me dava todo o apoio na praça e muitas vezes por ausência do Senhor Manuel Jorge, o Senhor Rui Salvador apoiou-me imenso, sempre que eu ia mudar de cavalo, vinha comigo e dizia-me “faz assim, faz assado, o toiro é assim”. Um companheiro fantástico. A presença da Senhora Dª Ana Batista é também uma honra, é uma honra poder contar com uma presença feminina e com uma cavaleira que é indiscutivelmente Figura do toureio e que tem imenso valor. E depois, o João Maria Branco e o Jacobo Botero, que são dois “guerreiros” e não vão dar tréguas, constituem também um estímulo importante para mim nessa corrida. Os três grupos de Forcados (Ribatejo, Amadores da Chamusca e Aposento da Chamusca) constituem uma mais valia para a minha alternativa, pois também sou ribatejano e certamente que esta noite será um hino ao Ribatejo.
- Falta falar dos toiros, que são da ganadaria do Engº Luis Rocha, uma ganadaria dura e que não deixa os toureiros respirar…
- Nunca escolhi ou neguei ganadarias. Um toureiro tem que tourear todos os toiros. É também uma honra para mim poder lidar na noite da minha alternativa um toiro de uma ganadaria dura e que não facilita a vida aos toureiros. A empresa do Campo Pequeno teve a amabilidade de me propor duas ganadarias, esta e a de Canas Vigouroux e eu disse que fosse a empresa a decidir.
- Nunca viste tourear Mestre Batista?
- Só em filmes, mas tenho por ele uma enorme admiração, é uma referência. E tenho muita pena de não o ter conhecido. Pelo que me contam, devia ser uma pessoa fora do comum.
- João Moura também é para ti uma referência?
- Claro que sim. Penso que o é para todos os cavaleiros e para todo o público aficionado. Ainda hoje marca a diferença sempre que actua. Tenho muito respeito e muita admiração pelo Senhor João Moura e na quarta-feira faço questão de estar presente no jantar do Campo Pequeno em que vai ser galardoado, como já eu fui, pelo respeito que a sua Figura nos impõe. Eu cheguei aos toureio há pouco tempo, mas tenho grande admiração por todos os toureiros e mais ainda, como é natural, por todos aqueles que ainda hoje são referências. Não gosto de citar nomes para não correr o risco de esquecer algum.
- Quando falas dos antigos, tens sempre a preocupação de os tratar por Senhores…
- É o respeito. Foi assim que meus pais me ensinaram. Sou cigano, mas isso não quer dizer, pelo contrário, que não respeite os mais velhos. Na Tauromaquia é preciso continuar a ter respeito e às vezes, infelizmente, isso não acontece e é pena. Por exemplo, acho que um cavaleiro nunca deve andar a aquecer os cavalos, antes das corridas, em mangas de camisa e hoje há tantos que o fazem. Não estou a criticar, estou apenas a constatar um facto. Eu nunca aqueço os cavalos sem estar com a casaca vestida. É assim que deve ser.
- Há princípios e valores, não é, Carlos?
- Claro que é. E têm que ser cumpridos e respeitados.
- A quem vais brindar a lide da tua alternativa?
- Gostava de a brindar a todos os que me têm ajudado, mas não pode ser, não posso andar de sítio em sítio da praça a brindar a todos. Logo verei.
- Quem são todos os que te têm ajudado?
- Tantos, graças a Deus! O meu mestre, Senhor Manuel Jorge de Oliveira, a quem devo tudo, que me ensinou tudo. Sua Família, seu saudoso irmão Filipe. O meu apoderado, Senhor João Duarte. Todas as empresas que têm acreditado em mim, a começar pela do Campo Pequeno, que apostou em mim e meu vai proporcionar poder tomar a alternativa. O Senhor Pedro Ribeiro, presidente da Câmara da minha terra, o Cartaxo e também todas as pessoas do Cartaxo que todos os dias me apoiam e me acarinham. A minha Família, os meus pais, os meus irmãos e irmãs. Todos os Senhores da Comunicação Social que também continuam a acreditar no meu valor e a enaltecê-lo. Tanta gente… Obrigado a todos!
- E o futuro, Carlos, que objectivos tens?
- Todos os que um toureiro pode ter. Triunfar, dar o meu melhor em cada corrida, nunca defraudar o público, tourear sempre com verdade. E um dia poder orgulhar-me de ter chegado a Figura do toureiro. É esse o sonho maior de todos os toureiros. Conseguir ter valor para deixar história e não ser só mais um. Vou ver se consigo! Mas o futuro, para já, é a corrida da minha alternativa, é esse o futuro que quero alcançar e em que me concentro todos os dias, trabalhando de manhã à noite. Até lá tenho algumas corridas que me vão ajudar a preparar-me. Tenho novos cavalos e os que já tinha na quadra. E também há já corridas importantes para depois da alternativa.

Fotos Frederico Henriques/@Campo Pequeno, D.R., Emílio de Jesus e Fernando Clemente
publicado por Santos Vaz às 16:44

10 de Maio de 2016

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publicado por Santos Vaz às 10:01

29 de Março de 2016

http://www.campopequeno.com/tauromaquia/noticia/entrevista-joao-salgueiro-nem-durmo-a-pensar-neste-dia

 

Vontade e ambição constituem os objectivos que têm norteado a já longa carreira do cavaleiro João Salgueiro. Uma carreira onde os objectivos são sonhados, amadurecidos e transpostos para a arena da vida e para a arena das praças, onde o seu toureio tem marcado presença desde que se apresentou em público, pela primeira vez, a 31 de 
Agosto de 1985, com apenas 17 anos de idade, em Salvaterra de Magos. Após um interregno de cerca de dois anos, Salgueiro marca encontro com os aficionados no próximo dia 14 de Abril, no Campo Pequeno, na corrida de inauguração do abono de 2016.


"Nem durmo a pensar neste dia. E não é por medo do toiro, mas antes pela responsabilidade de não defraudar nem o público nem a história tauromáquica da minha família. Não tenho medo físico, antes tenho enorme confiança nas minhas capacidades e nas das pessoas que me rodeiam e, claro, dos cavalos que tenho à minha disposição". 

Neste estado de espírito, Salgueiro fala também com entusiasmo dos oito cavalos com que conta para esta corrida, 6 deles debutantes, e nos quais deposita também a maior confiança. Para já, João Salgueiro tem apenas o compromisso da corrida de 14 de Abril, no Campo Pequeno. "Depois se verá se faço mais alguma corrida e, caso o venha a fazer, será mesmo pontualmente. Isso está bem claro na minha cabeça. Não dependo do que possa vir a passar-se no Campo Pequeno pois eu vou lá para estar bem, para marcar a diferença e para marcar a minha carreira pela positiva".

"Vou ao Campo Pequeno, por entender que são a corrida e a praça certas para tourear. É na justamente considerada a "Catedral Mundial do Toureio a Cavalo. É uma praça talismã na minha carreira", acrescenta.

Enquanto cavaleiro tauromáquico, João Salgueiro considera-se um criador de emoções, um transmissor de sentimentos. "Quando toureio sinto uma felicidade inenarrável, sentimento esse que procuro partilhar com o público. O toureio é confronto homem-toiro na arena mas é também um poderoso transmissor de emoções e sentimentos aos espectadores. Eu sou um privilegiado por conseguir viver e transmitir ao público esses momentos e essas sensações e por, em paralelo, sentir que esse mesmo público me reconhece e retribui".

Sabe que a sua forma de interpretar o toureio a cavalo não é consensual, situação que diz não o preocupar e relembra que "Cristo também não foi consensual e, por isso, foi crucificado". No seu conceito de toureio a cavalo, este é tanto mais puro e verdadeiro quanto mais se aproximar do toureio a pé. Aceita a trilogia belmontista de "Parar, Mandar e Templar", mas Salgueiro parece adaptá-la ao seu conceito pessoal ao substituir o "Mandar" por "Presuadir". E expressa-o nos seguintes termos: "É preciso que o toiro sinta vontade de vir pelo caminho que eu lhe indico pois só vejo duas maneiras de atingir o centro da sorte: ou pela velocidade, ou pelo domínio da investida do toiro. E é esta 'segunda via' aquela em que assenta o meu toureio. O meu toureio baseia-se em dar distância no cite, cadência à viagem, respeitando os cânones da dressage e parar no centro da sorte". 

Falando sobre o toiro, refere que, "hoje em dia confunde-se um bocado o toiro que "passa" com o toiro que investe. Eu gosto do toiro nobre e com mobilidade, o toiro que acomete de praça-a-praça". Já quanto ao tipo de cavalos de tourear, recorda os bons resultados obtidos com os produtos da coudelaria de seu avô, Dr. Fernando Salgueiro, cavalos cruzados de Lusitano, Inglês e Árabe.

João Salgueiro é bisneto, neto e filho de cavaleiros tauromáquicos, mas as ligações de familiares seus ao toureio a cavalo remontam, pelo menos, ao século XVII. Sobre os seus antepassados mais próximos, João relembra o seu trisavô, João Inácio Salgueiro da Costa (ganadero), o bisavô Carlos Salgueiro da Costa, que foi cavaleiro amador, o seu avô, Dr. Fernando Salgueiro e seu pai, Fernando Andrade Salgueiro, ambos profissionais. A continuidade dinástica parece estar assegurada por seu filho, João Salgueiro da Costa, ao momento cavaleiro praticante.

Falando de seu avô, recorda-o como "uma pessoa extremamente introvertida, mas um génio. Da sua formação veterinária lhe advinha um jeito natural para lidar com animais. Fez uma ganadaria e uma coudelaria exemplares e foi um grande criador de galgos. Como equitador…não é por ser seu neto, mas foi o melhor equitador que conheci. Ensinou-me as bases do seu toureio e eu não consegui chegar-lhe aos calcanhares…". De seu pai, recorda a grande sensibilidade artística como cavaleiro tauromáquico e, claro, como equitador.

João Salgueiro fez a sua prova de praticante a 24 de Maio de 1986, na Moita do Ribatejo e tomou alternativa a 29 de Maio de 1988, em Almeirim, num cartel de luxo,que contou com a participação de seu avô (padrinho da cerimónia) e seu pai, como testemunha de honra. Completaram o cartel os cavaleiros João Moura, Paulo Caetano e Joaquim Bastinhas, já nesse tempo primeiríssimas figuras do toureio, e os grupos de forcados amadores de Santarém e de Montemor, tendo sido lidados toiros da Condessa de Sobral.

publicado por Santos Vaz às 17:02

13 de Fevereiro de 2016

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12.II.2016

 

Benfica - Porto

publicado por Santos Vaz às 16:55

05 de Fevereiro de 2016

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publicado por Santos Vaz às 09:45

15 de Dezembro de 2015

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Cartoon de André Carrilho inserido no Artigo de Lucília Tiago " O que ainda pode fazer para poupar na factura de IRS".

http://www.dn.pt/dinheiro/interior/o-que-ainda-pode-fazer-para-poupar-na-fatura-do-irs-4928368.html

publicado por Santos Vaz às 10:53

29 de Outubro de 2015

http://rr.sapo.pt/noticia/38008/parlamento_europeu_aprova_fim_financiamento_as_touradas


http://www.tsf.pt/sociedade/interior/parlamento-europeu-acaba-com-subsidios-para-touros-de-morte-4860304.html

 

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publicado por Santos Vaz às 12:03

15 de Outubro de 2015

 

 

http://veterinariostaurinos.blogspot.pt/2015/10/los-24-privilegios-del-toro-de-lidia.html

publicado por Santos Vaz às 12:34

30 de Abril de 2015

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publicado por Santos Vaz às 14:26

11 de Abril de 2014

Al ganadero de Galapagar le hace especial ilusión recibir la Medalla de Oro a las Bellas Artes por su dilatada y ejemplar trayectoria

 

El ganadero Victorino Martín Andrés, al que recientemente se le ha concedido la Medalla de Oro a las Bellas Artes por su dilatada y ejemplar trayectoria, considera que para recibir este tipo de reconocimientos «se debe respetar la Fiesta por encima de todo y no jugar con mentiras».

Hombre veterano y de fieles ideales, amante del campo y, sobre todo, del toro bravo, poseedor de una mirada sincera en la que se refleja la plenitud de una vida dedicada a un modelo de animal que él mismo buscó e instauró en los años cincuenta y que permanece intacto a día de hoy, de palabra clara y directa, y trato entrañable, santo y seña de la cabaña brava.

«Mi trabajo ha sido constante. Nunca he buscado alterar mi tipo de toro ni refrescar la ganadería con otros encastes. Jamás se me ha pasado por la cabeza, pues soy fiel a mis principios, y a los de la Fiesta, cuya integridad hay que defender desde su principal protagonista», señaló el propio Victorino en una entrevista concedida a Efe en una de sus fincas extremeñas, la de Monteviejo. Finca en la que se encuentra su museo, una estancia en la que se respira historia viva por la cantidad de premios que allí se hallan, reconocimientos del aficionado y de las principales ferias de España, y en cuyas vitrinas ya hay un hueco preparado para el último y más importante galardón: la Medalla de Oro a las Bellas Artes.

«Es el colofón perfecto a una vida entregada en cuerpo y alma al toro de lidia, un éxito muy grande con el que se me reconoce a mí como persona pero, sobre todo, al trabajo de más de 50 años como ganadero», reconoció.

Un premio que le hace también «especial ilusión» por lo que significa que la clase política «empiece a comprometerse de verdad con la Fiesta», y también por ser el primer ganadero en recibir una condecoración dedicada exclusivamente, hasta la fecha, a toreros. «Es un valor añadido, sin duda, pues ya era hora de que se reconozca también el trabajo del ganadero, que al fin y al cabo somos los artífices de la creación del gran protagonista del espectáculo: el toro. Sin él no habría toreros ni Fiesta», confesó Martín, que también es Extremeño de HOY.

Cambiando diametralmente de tercio, durante la entrevista Victorino hace también una valoración personal de la «alarmante» situación actual de la Fiesta, «adulterada», según sus palabras, por culpa de las «comodidades» de los toreros y de los «continuos engaños» al aficionado.

«Está todo muy mal montado. Se intenta equivocar al aficionado con corridas de toros que no son tales, y además los toreros de hoy buscan un astado cómodo, facilón, muy alejado de lo que debería ser el toro bravo, exigente y emocionante, ese que todo buen aficionado quiere ver en la plaza», enfatizó el ganadero de Galapagar.

«Para que la fiesta perviva hay que amarla y respetarla -continuó-, empezando por el toro, su bravura e integridad, y después los toreros deberían hacer lo que se ha hecho toda la vida, es decir, matar encastes de todo tipo; el mismo Domingo Ortega tomó la alternativa con mis toros (anunciados con el hierro original de Juliana Calvo) en Barcelona».

Ponerse delante de los siempre temidos «victorinos» no es tarea fácil, hay que tener «muchas cualidades para exponer delante de ellos y ponerse muy de verdad», lo que el propio ganadero califica: «el toreo de toda la vida».

«De los últimos años El Cid ha sido de los que mejor han entendido mis toros; e históricamente recuerdo a Ruiz Miguel, Paco Camino o Andrés Vázquez, entre otros que ahora mismo no me vienen a la cabeza... será la edad», confesó entre risas.

Sus plazas predilectas son Bilbao, Sevilla y, por encima de todas, Madrid, escenario en el que los «victorinos» han hecho historia, sobre todo con aquella Corrida del Siglo del año 82, y, esa misma temporada, con el indulto del toro 'Velador'.

Con la concesión de la Medalla de Oro a las Bellas Artes y, el todavía más reciente galardón a la Promoción y Fomento de la Tauromaquia de la Unión de Federaciones Taurinas de España se pone la guinda a la historia de una casa ganadera sin igual, por eso, al preguntarle «¿qué más le puede pedir a la vida?» contesta con un elocuente: «con quedarme como estoy ya me vale».

 

in http://www.hoy.es/v/20140407/toros/fiesta-esta-adulterada-culpa-20140407.html

publicado por Santos Vaz às 15:23

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