Dr. Manuel Jorge dos Santos – médico veterinário
- A criação do toiro bravo e o espectáculo tauromáquico não só não têm nada de contrário ou incompatível com o ambiente, como antes pelo contrário, são benéficos para a conservação da natureza e da biodiversidade e da preservação do meio ambiente.
- Em relação à vida e bem-estar animal, as corridas de toiros e a tauromaquia em geral não são mais gravosas nem piores que qualquer outra forma de utilização ou aproveitamento dos animais e das suas características ou produtos pelo homem.
- A verdadeira defesa do toiro bravo e a conservação da sua raça, com características e virtualidades únicas no reino animal, só se faz defendendo a continuação das corridas de toiros sem as quais não seria possível assegurar a manutenção dos seus efectivos reprodutores.
- A criação do toiro bravo exige condições muito especiais, sendo fundamental que ele nasça e cresça em habitats naturais e em regime extensivo, para que possa desenvolver várias características e particularidades indispensáveis à lide, como por exemplo o desenvolvimento da sua musculatura e muitas das suas características psicológicas.
- Tanto as lezírias e marismas como os montados e dehesas (de sobro e azinho na sua maioria, mas também de carvalho nalgumas zonas) são, como qualquer ambientalista bem sabe, alguns dos habitats mais importantes para a conservação da natureza e da vida selvagem;
- Muitas das zonas integradas na Rede Natura 2000 (Rede europeia de espaços importantes para a natureza) e até alguns Parques Naturais, se sobreponham às zonas tradicionais de criação do toiro bravo, tanto em Portugal como em Espanha e França. Há muito tempo que essas zonas se teriam alterado e degradado, tanto do ponto de vista ambiental como paisagístico, se não fosse pela utilização que têm sido sujeitas para a criação do toiro de lide. (…) Não podem restar dúvidas da existência de uma relação positiva entre a ganadaria brava e a conservação dos habitats prioritários e biodiversidade.
in Novo Burladero