25 de Abril de 2009

 

 

publicado por Santos Vaz às 12:02

23 de Abril de 2009

 

Sou zootécnico e há vários aos que trabalho com diversas raças de bovinos.
Pela minha experiência posso afirmar que o touro bravo é um animal único, com características muito específicas, incomparável aos demais bovinos. Não sendo um animal selvagem, pois é produto de uma refinada selecção zootécnica, não se pode considerar um animal doméstico pois o seu comportamento é hostil ao ser humano, mesmo quando não é incitado.
Uma das características mais diferenciadoras, e a que torna possível a tauromaquia, é o instinto de investida. Distinto de dor e sofrimento, alienável dos mesmos, o touro bravo investe enquanto as restantes raças de bovinos domésticos fogem em igual situação. É isto que o distingue, é isto que o torna único!
Estudos científicos comprovam que não é durante a lide que o touro atravessa o maior período de stress, mas durante o transporte. Tal é explicável porque durante a lide o touro responde instintivamente, reage em função do seu código genético.
Por toda a Europa existiam animais com instinto de investida, mas estes, por não terem utilidade e serem perigosos para o homem, foram extintos. O mesmo destino esperaria a raça brava de lide se terminassem as corridas de touros. Também o cavalo lusitano tornar-se-ia uma raça medíocre, pois perder-se-ia o principal mecanismo de selecção e a principal utilidade, a função que o tornou uma das melhores montadas do mundo.
Não é uma questão económica, não é um capricho, é antes um património cultural, genético, zootécnico e histórico que importa preservar.
publicado por Santos Vaz às 19:54

21 de Abril de 2009

  Com o objectivo de sensibilizar os vianenses para a importância da tauromaquia na cidade, a Tertúlia Taurina e Equestre de Viana do Castelo organizará, no próximo sábado, um passeio a cavalo.
Com a concentração de amazonas e cavaleiros marcada para as 15h00 junto à praça de toiros, seguir-se-á um passeio pela cidade como forma sensibilizar os cidadãos e autarcas para uma tradição com cerca de 140 anos e que o Presidente da Câmara pretende agora interromper.
 

publicado por Santos Vaz às 09:15

15 de Abril de 2009

 

É irreversível! A Câmara Municipal de Viana do Castelo já adquiriu a praça de toiros da cidade. O tauródromo, que desde há sessenta anos recebia os maiores nomes da tauromaquia nacional e que tantas tardes memoráveis proporcionou à aficion minhota, será demolido para dar lugar a um equipamento que ninguém ainda percebeu ao certo o que será e que, segundo o próprio Presidente do Município, “ainda não se sabe quanto irá custar”. Ou seja, Defensor Moura irá demolir a Praça de Toiros sem ter um projecto definido e sem sequer imaginar quanto esse projecto custará aos contribuintes e cidadãos vianenses.

Este autarca, que recentemente “ganhou” o referendo local (com 70% de abstenção) deixando Viana isolada do resto do distrito e que há longos anos tenta demolir o prédio Coutinho, afirma que a cidade “não tem tradição” e “nos dias hoje não se justifica o sofrimento destes animais”. Vemos assim que, para este autarca “modelo”, 140 anos de referências tauromáquicas na cidade que outrora foi a Princesa do Lima não são suficientes para criar tradição. Defensor Moura tem todo o direito de não gostar de corridas de toiros, não tem é direito de ignorar uma realidade que há tantos anos faz parte do imaginário vianense. Pior que o desrespeito pelo povo que o elegeu e que todos os anos enche a praça da cidade, só mesmo a ignorância ou a vontade de fazer esquecer o que é autêntico, legítimo e tipicamente português.

Para além de aberrante, esta decisão revela o que de pior existe na governação autárquica deste país. Recentemente o Instituto Nacional de Estatística revelou os dados relativos à Cultura, Desporto e Recreio no ano de 2007 e onde fica bem expressa a importância cultural e económica da festa brava. Reconheço que era necessária uma intervenção no tauródromo vianense, mas inteligente seria dotá-lo de condições que permitissem realizar outro tipo de espectáculos, talvez um pavilhão multiusos coberto que permitisse a realização de espectáculos musicais, teatro e, evidentemente, corridas de toiros, infra-estrutura que aliás a cidade não possui. Em vez disso prossegue-se para a demolição, sem objectivos, sem metas, sem orçamentos, sem justificação. Podia o Presidente do Município observar o exemplo do Campo Pequeno, de Évora ou de Elvas, ou mesmo o de Cascais onde, depois da demolição da praça de toiros, é este ano anunciada a realização de corridas em praça desmontável, mas não, prefere enveredar pelo caminho mais fácil, mais inconsequente, mais eleitoralista. É a política do betão em nome de uma dita modernidade sem referências e sem passado.

Nem o valor patrimonial do edifício interessou ao autarca, que o adquiriu por pouco mais que cinco mil euros (5127,74€). Referência arquitectónica dos meados do século passado e com uma pequena capela no interior poderia, se alvo de uma intervenção e modernização cuidadas e inteligentes, tornar-se mais uma referência de Viana do Castelo.

Defensor Moura pensa que acabará assim com as corridas de touros na cidade de Viana, mas rapidamente veremos instalar praças de toiros desmontáveis, conseguindo assim perpetuar a tradição que há tantos e tantos anos é parte integrante do programa das Festas da Senhora d’Agonia. Perdurará a festa mas perderá o público, os artistas e a cidade.

Este triste episódio, que ficará indelevelmente marcado na história da tauromaquia portuguesa, demonstra o avanço imparável daqueles que tentam destruir a festa brava, perante a passividade e impotência dos que se dizem taurinos. Algumas notas na imprensa da especialidade foi ao que se resumiram os protestos, se assim lhes podemos chamar, daqueles que amam e mesmo dos que vivem da festa. É assim que caminharemos para o fim da nossa identidade, das nossas tradições, para a homogeneização cultural de toda a sociedade. É assim que deixamos esquecer quem somos!

 

Pedro Santos Vaz

 

 

publicado por Santos Vaz às 09:50

11 de Abril de 2009

 

Ao longo dos últimos meses a festa brava tem sido alvo de inúmeros ataques que, ao contrário do que ocorria no passado, têm sido bem sucedidos. Viana do Castelo, Braga e Cascais proibiram as corridas de touros e, no caso da primeira, a situação é tão grave que para além de ser interrompida uma tradição com várias décadas (a corrida das Festas da Senhora D’ Agonia) a praça de toiros da cidade será demolida para dar lugar não se sabe bem a quê, nem com que custos.
Os autores de tão vis ataques são bem conhecidos, mas agora têm encontrado parceiros nos autarcas das referidas localidade que, por convicção ou oportunismo, satisfazem os pedidos formulados nos milhares de e-mails enviados pelos anti-taurinos, modalidade de pressão política em que são profissionais.
Da parte dos aficionados têm surgido algumas tentativas de oposição a esta cruzada que tem sido travada pelos inimigos da festa, mas em boa verdade, e com grande pena deve ser reconhecido, todas elas têm sido infrutíferas apesar de louváveis. Os artigos pulicados em órgãos da comunicação da especialidade ou generalista, os movimentos e tertúlias, os e-mails de agradecimento enviados aos autarcas que resistem às ofensivas dos anti-taurinos são importantes, revelam a elevação e cordialidade da nossa luta, mas são insuficientes. É hora de tomar outras medidas e agir por outros meios.
Temos que envolver o poder político nesta luta: os deputados das comissões de economia, da cultura e da sub-comissão de agricultura, a Associação Nacional de Municípios, pela sua Secção de Municípios com Actividade Taurina, o ministério da Cultura e o IGAC e, porque não, a Justiça. São anti-democráticas as decisões dos autarcas de Viana, Braga e Cascais porque impedem a sua população de assistir a um espectáculo legal, tradicional e parte integrante do património cultural português e porque por vontade de uma minoria impedem a livre expressão da maioria, são ofensivas ao património cultural e edificado as demolições das praças de toiros, são economicamente lesivas dos ganaderos, coudeleiros, profissionais do toureio e empresários que contribuem para a economia e o PIB do país pagando os seus impostos e gerando riqueza. Aqueles que elegemos e que nos representam têm a obrigação de nos ouvir e certamente o farão se mostrarmos a força da nossa união e da nossa causa.
Não é tempo para guerras nem para divisões, não é tempo de nos envolvermos em quezílias lutas por interesses corporativos, é altura de nos unirmos e todos juntos, aficionados, ganaderos, toureiros, críticos e empresários, mostrarmos o valor dos nossos argumentos e a importância da nossa festa. caso contrário Viana do Castelo será a primeira de muitas batalhas ganhas pelos anti-taurinos, opressores da liberdade individual e cultural de um povo.
O blog nossafesta.blog.sapo.pt pretende reunir contributos e argumentos para esta luta, lá serão dadas a conhecer iniciativas de defesa da festa e poderão ser deixadas sugestões, críticas, informações e contactos que beneficiem esta defesa da festa brava em Portugal.
A todos o meu muito obrigado,
 
 
Pedro Santos Vaz
Aficionado
publicado por Santos Vaz às 08:24

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