26 de Junho de 2012
O município de Guijo de Galisteo, na província espanhola de Cáceres, realizou ontem um referendo sobre o destino a dar a uma verba de 15 mil euros. Os eleitores das três povoações do município (Guijo, El Batán e Valrio) eram chamados a decidir se essa verba iria subsidiar três corridas de touros este Verão ou deveria antes ser aplicado na contratação de trabalhadores eventuais. O desemprego está a atingir valores impressionantes em Espanha e é preciso enfrentar o problema de qualquer maneira, pelos cornos ou de cernelha. Mas só os eleitores de Guijo deram primazia ao emprego. Os de Batán e Valrio decidiram que o dinheiro deveria servir para apoiar as touradas. No conjunto do município, o resultado do referendo foi claro: 242 votos pelos touros, 181 pelo emprego. Um portal electrónico espanhol titulava com ironia: "Los toros dan capotazo al empleo".

A notícia confirma a tese de Llorca de que "o toureio é a maior riqueza poética e vital de Espanha".

Faz agora dois anos, quando o parlamento regional da Catalunha aprovou a proibição das touradas, Placido Domingo terminou a actuação no Teatro Real de Madrid ensaiando com uma capa vermelha uma série de capotazos em pleno palco. O público aplaudiu o tenor durante meia hora, aos gritos de "torero! torero!". Este fim de semana Plácido Domingo esteve em Lisboa na qualidade de presidente da organização Europa Nostra. Nos claustros dos Jerónimos, diante de mil convidados, ele sublinhou a importância da cultura na criação de emprego e no desenvolvimento sustentável. E referiu-se ao património que "é sacrificado por pequenos ganhos económicos e políticos".

Não há dúvidas quanto ao modo como teria votado Placido Domingo se tivesse participado no referendo de Guijo de Galisteo. Defensor das touradas e da criação de emprego ele teria votado no sentido da maioria. Mesmo se aparentemente esse voto coloca o senso comum no lugar do touro que vai ser lidado, no sentido em que o grande toureiro Domingo Ortega explicava a lide: "Tourear", dizia Ortega, " é levar o touro aonde ele não quer ir".

publicado por Santos Vaz às 13:24

O debate público ocorrido na sexta-feira passada, acerca dos projectos de lei do BE (contra a transmissão televisiva de touradas na RTP, a limitação da transmissão das mesmas nos canais privados e o fim do “financiamento” público das actividades que possam infligir “sofrimento” a animais) traduziu-se numa derrota em toda a linha das pretensões dos anti-taurinos e numa retumbante vitória taurina. 

A realidade do debate revelou uma embaraçosa carência de argumentos validos por parte dos que querem atentar contra a liberdade cultural dos portugueses. 


Desta forma a PRÓTOIRO gostaria de salientar o seguinte:

a) Agradecer a presença dos vários agentes e aficionados da Festa que disseram “sim” ao apelo da PRÓTOIRO; 

b) Por outro lado, agradecer a presença da Plataforma de defesa comum que redimensiona estes debates e apanhou a deputada Catarina Martins (BE) completamente desprevenida. Agradecemos a presença dos representantes da CAP, a Fencaça, ANPC, Federação Portuguesa de Falcoaria, Federação Portuguesa de Pesca à Linha, além de representantes autárquicos, na pessoa do Comandante António Valente, responsável pelo pelouro da Cultura da autarquia de Santarém. 

A defesa institucional da Festa e de todos os sectores que envolvem a utilização de animais faz-se agora com um peso completamente diferente e, num País onde se discutem eleições por um punhado de votos, os nossos políticos terão, daqui para a frente, de dar ouvidos a quem representa de facto a realidade social do país e não a grupelhos virtuais.

c) O debate revelou um claro ascendente taurino, tendo sido destacada a vertente cultural e social, mas sobretudo económica da Festa. Estas iniciativas do BE foram classificadas pela PROTOIRO com uma forma de “fascismo cultural”, uma vez que a intenção do BE é impor a sua visão subjetiva a todos os portugueses, violando a sua liberdade individual. 

Perante as campanhas demagógicas e difamatórias que têm vindo a ser lançadas sobre os apoios pontuais das Câmaras Municipais às actividades culturais taurinas, o Comandante António Valente, vice-presidente da autarquia de Santarém, destacou que estes apoios pontuais são atribuídos a todos os sectores culturais nos municípios, sem qualquer distinção da tauromaquia. No que concerne à Câmara de Santarém, se estes ataques voltarem, o assunto terá de ser resolvido em tribunal, e os difamadores responsabilizados. 

d) Repudiar veementemente a insultuosa declaração da presidente da associação ANIMAL ao comparar a posição de um toiro bravo com o de um surdo-mudo ou de um deficiente mental. A irresponsabilidade tem limites e há coisas que exigem respeito e decoro. Estas declarações insultuosas para com os deficientes retratam bem a postura de quem as profere;

e) Repudiar o facto de na declaração final do Bloco de Esquerda, pela mão da deputada Catarina Martins, esta se ter desculpado perante a audiência anti-taurina com um “sabemos que muitos de vocês queriam mais”, revelando, assim, as verdadeiras intenções e compromissos deste partido;

f) Tal como referido durante o debate, aguardamos a possibilidade de nos defendermos em tribunal da intenção demonstrada pela presidente da associação ANIMAL, há alguns meses atrás, em processar a PRÓTOIRO por difamação. 

g) Congratulamo-nos com o facto de o Bloco de Esquerda se ter visto obrigado a reconhecer que as touradas são uma realidade cultural contra a qual nem mesmo o Bloco de Esquerda tem capacidade de se insurgir. Estes projectos tratam-se, obviamente, e tal como a PRÓTOIRO teve oportunidade de referir, de um aproveitamento demagógico com o objetivo de danificar a imagem da tauromaquia acusando-a de receber apoios milionários, o que é obviamente falso;


Todos estão convocados para a defesa e promoção da Festa! Todos os aficionados têm de ser Embaixadores desta magnífica expressão cultural e artística da alma Portuguesa. 

Pela defesa da nossa Cultura, Identidade e Liberdade! Juntos somos mais fortes!

PROTOIRO

publicado por Santos Vaz às 12:31

18 de Junho de 2012

 

Lusa 
18 Jun, 2012, 13:48 

Quinze municípios já declararam a tauromaquia como Património Cultural 
e Imaterial de Interesse Municipal (PCIIM) com o objetivo de o Governo 
classificar o setor como "Património Cultural de Portugal", revelou 
hoje fonte ligada ao processo. 
O presidente da secção dos municípios com atividade taurina, Dionísio 
Mendes, adiantou à agência Lusa que as autarquias, ao declararem a 
tauromaquia como PCIIM, esperam que se "tome consciência" a nível 
nacional da "importância" do setor como "património cultural". 

A secção dos municípios com atividade taurina, departamento que está 
aliado à Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), foi 
criada em setembro de 2001 e congrega 40 municípios de norte a sul do 
país. 

Dionísio Mendes, que também preside à Câmara de Coruche, indicou que 
já declararam a tauromaquia como PCIIM os municípios de Barrancos, 
Alter do Chão, Monforte, Alcochete, Fronteira, Pombal, Moura, 
Santarém, Benavente, Vila Franca de Xira, Sabugal, Portalegre, 
Coruche, Arruda dos Vinhos e Moita do Ribatejo. 

"Nós próximos dias, os restantes municípios vão avançar com a 
declaração. No fim, vamos entregar um dossier na secretaria de Estado 
da Cultura no sentido de sensibilizar o Governo para declarar a 
tauromaquia como Património Cultural de Portugal", explicou. 

Para Dionísio Mendes, a tauromaquia deve ser "reconhecida" pela sua 
"importância", uma vez que é o "segundo espetáculo com mais público no 
país, a seguir ao futebol, e que movimenta muitos milhões de euros". 

O autarca observou que a tauromaquia movimenta também "várias 
atividades económicas" e que as ganadarias constituem um "exemplo de 
sustentabilidade ambiental e daquilo que é a valorização do património 
genético: o touro bravo". 

Dionísio Mendes destacou ainda que vivem "centenas de pessoas" desta 
atividade e que existe uma "enorme tradição" em redor do toiro e da 
sua criação. 

Nesse sentido, o autarca afirmou que os municípios associados entendem 
que "há matéria suficiente" para que a tauromaquia seja classificada 
pelo Estado como "Património Cultural de Portugal". 

http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=563261&tm=8&layout=121&visual=49
publicado por Santos Vaz às 17:50

12 de Junho de 2012

Inés Sastre, 1990

 

publicado por Santos Vaz às 09:53

06 de Junho de 2012

"Lembrando Manolete" 

Tourear, ou viver como expor-se; 
expor a vida à louca foice 
que se faz roçar pela faixa 
estreita de vida, ofertada 
ao touro; essa estreita cintura 
que é onde o matador a sua 
expõe ao touro, reduzindo 
todo o seu corpo ao que é seu cinto, 
e nesse cinto toda a vida 
que expõe ao touro, oferecida 
para que a rompa; com o frio 
ar de quem não está sobre um fio.
 

publicado por Santos Vaz às 22:45

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