Frederico de Fritas / Júlio Dantas
Meia azul e bota alta
A reinar com toda a malta
É o rei das traquitanas, o Timpanas
O Pinóia na boleia
De chapéu á patuleia
Faz juntar o mulherio, no Rossio
Quando levas bailarinas, do teatro ao Lumiar
Bailo eu e baila a Sé, e as pilecas a bailar
O bolieiro de Lisboa
Não é lá qualquer pessoa
Que as pilecas dão nas vistas, são fadistas
São cavalos de alta escola
O das varas toca viola
E o da sela que é malhado, bate o fado
Quando bato p’rás marmotas, roda acima, roda abaixo
Eu dou vinho aos meus cavalos, mas sou eu que vou borracho
Já andei por tanta espera, já levei tanto buléu
Já conheço tantos bois, que lhes tiro o meu chapéu